domingo, 15 de dezembro de 2019

Mergulhos a Sul



Saúde pessoal,

Com a época natalícia trago um relato que há muito ansiava escrever. O tempo não me tem deixado mergulhar nem pescar. Poucas vezes tenho conseguido ir a cana porque as condições não andam de feição nos momentos que tenho disponíveis para investir. Por isso, junto com o relato desta pesca, deixo-vos algumas fotos do que tenho vivido nos últimos tempos.

Estava aí a aproximar-se um bom fim de semana sem vento, e a esperança de conseguir voltar a mergulhar ao fim de 2 ou 3 meses aumentava…
Fui seguindo as webcams durante a semana e a previsão jogou a nosso favor. No dia anterior, combinei com o Tiago as horas de partida, e ao nascer do sol estávamos a caminho do pesqueiro. A agua da ria parecia um espelho, o vento nem se sentia e o mar lá fora era pouco.

Finalmente no local onde a sonda nos mandou parar, o Tiago salta para a agua e enquanto eu ainda fundeava o barco, já ele me trazia um veado porreiro para almoçar… Quando vou entrar, ainda ele me pede para meter na geleira um bom sarrajão que andava em cardume a caçar.

Dentro de alguns minutos, damos com um buraco de sargos, e por ali ficámos a tentar compor a geleira até que nos obrigamos a fazer uma pausa para descansar, a agua bem fria já começava a pesar na nossa falta de ritmo.

Depois de uma pausa para hidratar e repor algumas calorias, fomos sondar outro local para fazer apenas 10 apneias antes de dar por terminada a jornada.
Saltamos para a agua, faço o primeiro mergulho onde não vejo nada mas observo uma boa plataforma no fundo onde decidi que era ali que ia parar todos aqueles 10 mergulhos que tinha planeado.
Ao 4º mergulho, pouso-me no tal “sofá” a espera que algo apareça quando passa por cima de mim um peixe as riscas que andava a fugir ao meu enfião há já algumas jornadas, afinei bem a pontaria, e trouxe o gajo comigo para o barco.



Depois dos festejos e conversas do costume sobre o lance, o cansaço nem nos deixou esperar pelos final dos 10 mergulhos. Subimos os dois para o barco e ainda fomos almoçar a casa uns pexinhos fresquinhos.



Um grande obrigado aos amigos que me tem acompanhado nestas jornadas de caça aqui pela costa sul e me tem auxiliado na evolução dos meus mergulhos e capturas.

Saúde, e boas festas a todos os leitores e amigos deste espaço!

Caçada relâmpago no verão


Momentos de petisco com lobo e o João

Verão nos Açores

Fim de tarde ao surf

Saúde






domingo, 21 de julho de 2019

Ilhada repentina

Olá boas,

Hoje trago um rápido relato de uma ilhada combinada em cima do joelho e realizada ainda mais repentinamente que o combinado. Há já alguns dias atrás, a maré não era mesmo aquela que gosto para este tipo de pesca, mas como não tenho mesmo apostado nesta técnica e já corriam algumas saudades, lá fui a pressa matar o bichinho.

A chegar ao pesqueiro ainda de noite a tentar apanhar o máximo possível da maré em baixo, vesti rápido e no "lusc fusc" joguei-me ao mar. A maré que por si só já era curta e ainda por cima já subia, quando cheguei a cima da pedra. Ainda assim consegui sacar 2 kilinhos de percebe do bom para o jantar.

Deu para perceber, pela falta de peixe de bom porte e pela quantidade de lixo que encontrei quando cheguei ao pesqueiro, que este tem sido batido ultimamente. É surreal como uma pedra que está no meio do mar, num local onde só a natureza habita, uma pessoa que vá ali fazer uma pesca, consiga deixar lá tanto lixo. Neste dia trouxe comigo, mais embalagens de plástico de enchidos do que sargos no ceirão... É triste.

Bem... feito um barnel de percebes, tentei sacar ali meia dúzia de sargos aproveitáveis para compor a arca la de casa e ainda antes de almoço tive de saltar pedra fora...

Hoje aproveito para deixar também a foto de algumas pescas ligeiras que deram apenas resultados mínimos.

8.5kg de caldeirada

 Chocos de Abril ao palhacinho e Sargos da costa Sul

Bom verão a todos!

sábado, 6 de abril de 2019

Delicias do mar

Olá boas!

Depois de um fevereiro que quase não deixou pescar, lá o mar deu tréguas a norte e deixou-me ir lá fazer uma esgadinha rápida aos tiros. Abalei cedo para chegar cedo quando me aproximei do pesqueiro já o vento soprava bem forte mas como o mar era pouco, abalei falésia abaixo com o material as costas.

Num mergulho rápido onde a coisa poderia ter corrido melhor se não tivesse rasgado alguns peixes, ainda trouxe para casa estas delicias do mar para o almoço do dia seguinte.
Dois bonitos salminetes de 600gr cada que a foto não lhes faz justiça :( este para mim é do melhor peixe que o mar tem.


Num outro dia em que as condições se alinhavaram todas ideais para a pratica, fui numa escapadinha rápida apanhar outro almoço de delicias e afinar o barquinho para a época que se aproxima.


Uma coisa que nunca me tinha acontecido nesta pesca, foi dar com uma linda raia Undulata já de bom porte que veio arrastada pela toneira/palhaço.
Esta raia por ser considerada espécie protegida, foi claro, prontamente devolvida ao seu habitat


Por agora é tudo, o tempo tem sido pouco, as pescas também mas temos esperança de fazer uma boa primavera pesqueira.

Obrigado a todos


terça-feira, 8 de janeiro de 2019

Fim de ano

Estou de volta pessoal!
Tenho pena de não estar aqui tão regularmente como gostaria mas com o trabalho e o mar de inverno a não dar tréguas, fica difícil ir regularmente a pesca, quanto mais apanhar peixe em todas as investidas.
Assim sendo, desde há uns par de anos que o mar tem vindo a cair pela altura do Natal/Ano novo e 2018 não foi excepção.

Aproveitei a deixa para ir com o amigo Nuno Caçorino fazer uma investida ao spinning de noite e ao amanhecer. A maré não era a melhor para atacar nas horas que nós podíamos mas assim que chegamos ao pesqueiro começamos a lançar amostras.
Durante a noite a atividade foi nula, tendo apenas devolvido um robalote fora da medida. Logo depois desta devolução, fomos descansar para a zona escolhida do pesqueiro a atacar na madrugada seguinte.

Despertador a tocar ainda de noite, e lá fora o frio cortava as mãos… A vontade de vestir o fato molhado era enorme, mas lá teve de ser. Descemos a falésia no lusco fusco e começamos a saltitar de pedra em pedra a procura deles.
Depois de duas horas de lançamentos sem sinal de pexe, decidi recuar caminho de cana arrumada e ir recolhendo algum lixo deixado pelos animais no pesqueiro, com a saca já cheia de lixo e sem espaço para o pexe. Fui em direção a um cantinho onde o mar rebentava bem e deixava aquela espuminha onde o peixe tanto gosta de caçar. Mentalizado que era ali que ia ferrar um peixe, tive a sorte de o realizar ao fim de alguns lançamentos já com a amostra perto de mim sinto uma prisão e recolho um robalo já kileiro.



Não foi o trofeu que esperava encontrar mas depois de tanto labutar tinha de aproveitar esta refeição que o mar me iria providenciar.
Mais lutas se avizinham, este ano é para apertar forte com eles!

Desfrutem de todos os momentos junto ao mar e tentem sempre deixar os pesqueiros e praias mais limpos do que encontraram.

Saúde e bom 2019 a todos!