terça-feira, 18 de setembro de 2018

Ilhada de verão

Olá pessoal,

O verão foi escasso de pescas, o mar não deixou quando há disponibilidade e quando havia disponibilidade tentei ir quase sempre treinar a pesca sub... Então chegou o dia que o mar caía bem para voltarmos a um pesqueiro que já nos deu umas alegrias no passado recente.
Combinado o programa das festas com o Nuno, lá chegámos ainda de noite ao pesqueiro para vestir nas calmas, ouvir aquele som que adoramos do mar a rebentar na falésia e entrar na agua já no lusco fusco! 
A agua neste dia era bem quentinha na costa norte, coisa que não tem sido nada normal este verão... A chegada a pedra foi feita pacificamente e antes de começar a pesca ao sargo, o mar raso e a boa maré iam-nos proporcionar a apanha de uma boa teca de perceves antes que venha o seu defeso...

percevossauro

Mar Lindo

Desta feita, a pesca começou lentamente, ao inicio o peixe era miúdo e lamentavelmente tivemos de aproveitar alguns, mas com a subida da maré começaram com mais qualidade embora menos quantidade o que nos deixou terminar com a pesca que vos mostro hoje. 


Uma manha muito bem passada na companhia do meu amigo Caçorino. as 13h ja estávamos no café  tirar o salitre da boca e a conversar sobre a pesca feita!

Um Obrigado a todos!

terça-feira, 24 de julho de 2018

Dar ao cabedal...

Olá pessoal,

Aqui fica o resumo de uma jornada muito cansativa onde a ideia seria ir apanhar a maré vazia para sacar umas unhas boas e enquanto esperava pela enchente para caçar pescava a chumbica de cima da pedra ilhada.
Mal cheguei ao pesqueiro, já 4 carros lá estavam estacionados. Ao espreitar da falésia, suspirei de alivio visto que cada percebeiro foi no seu carro e lá estavam, cada um da sua pedra a raspar... Como nenhum ocupou a pedra que me destinava, vesti o fato e desci arriba.
Depois de sacados alguns perceves para a família jantar, ainda montei a cana de chumbica, mas depois de tanto dar ao cabedal a raspar, e com o calor que se fazia sentir, não aguentava o sufoco do fato de caça ao sol em cima da pedra. Apanhei um sargo, arrumei bem a trouxa e saltei para dentro de agua.


Depois de algumas voltas a caçar na espuma com a agua um bocado verde e com força, juntei mais uns sargotes para o jantar e vim-me embora.
De caminho para cima, agarrei num balde de engodo bem grande que algum animal se "esqueceu" neste pesqueiro há já alguns meses e só ali ao redor consegui enchê lo de garrafas de vidro e plástico. 

A pesca mais gratificante

Esta foi uma jornada que não espero repetir nestas condições, uma vez que torna-se bastante cansativo para o esqueleto, fazer mais que uma modalidade na mesma manhã e ainda subir falésias com o este material todo as costas.

Saúde da boa a todos.

domingo, 3 de junho de 2018

Surfcastin, O regresso...

Olá pessoal,

Depois de praticamente dois anos sem fazer uma pesca ao surfcasting, e como mar este ano só me deu condições para fazer as outras pescas duas vezes, tive de voltar a carga. Assim sendo, já há algumas semanas que me dediquei novamente a esta modalidade, e depois de carregar o curral de chibos daqueles com cornos bem grandes, veio a bonança!

A aproveitar o facto que estar de férias, tentei fazer como manda a lei e fui para lá de dia para procurar o melhor poiso para pousar as canas. Depois de muito correr, tive de escolher ente agua lusa, um bom fundão e até o melhor trilho para o carro passar... Como o local da agua lusa tinha pedra no fundo e eu não estava com muita vontade de perder montagens e hipotecar a pesca a meio, tive de optar pelo melhor fundão.



Escolhida a praia, foi só deixar escurecer enquanto montava as canas e assim que o sol se começou a esconder, as iscas voaram lá para dentro. Passado um belo par de horas, as iscas vinham sempre intactas e/ou o estralho enrolado... A jornada não se previa fácil e com o avançar da maré, começava também a ficar sem espaço no pesqueiro mas as condições também melhoravam.

A certa altura depois de comer uma bucha, dava atenção a uma das canas quando a outra dá duas cacetadas fortes e continua às cabeçadas como se fosse saltar do suporte. Corri para ela e mal peguei na magana, só pensava que aquele peso e força enorme não poderia ser um robalo, só poderia ser uma dourada e das grandes. O que é estranho porque esta pesca nem era totalmente direccionada a essa espécie.
Nunca tinha sentido uma luta tão grande com um peixe ao surfacasting, normalmente o porte da cana e carreto, mais a chumbada pesada fazem frente a maioria dos exemplares que tenho capturado, mas este lutava pela vida com uma força enorme e corria de um lado para o outro sem querer dar tréguas.
Com muita calma e já a pensar que com tanta luta, ou seria uma dourada gigante ou um outro predador mais estranho que por vezes varre a costa vicentina.
Lá consegui colocar o bicho em seco, que para meu espanto seria uma bela anchova com quase 4kg que lutou com todas as suas forças para que não fosse o meu troféu de uma noite tão sozinha e sem rumor de peixe.


A sensação era de enorme recompensa pelo que tenho sofrido ultimamente e deixou-me com uma alegria interior de como se tivessem encaminhado muitos dos meus últimos azares... Ainda insisti mais um bom bocado até ao final da enchente mais tudo continuava tal como inicio, iscas intocáveis...

Seguindo com todo o orgulho o exemplo do amigo pedro do blog Lobo du mar este tinha sido com muito orgulho e suor o meu ultimo chibo...

Desta feita o objectivo seria fazer o caminho para casa o mais rápido possível durante a madrugada enquanto se aproveita o facto de não haver transito na 125..

Saúde da boa a todos.

segunda-feira, 16 de abril de 2018

O dia seguinte

Olá pessoal,

Continuando a minha saída para Oeste, depois do jantar apreciámos um pouco da boa noite que se fazia sentir pela costa vicentina. Noite tão boa que me fazia pensar que afinal podia ter tirado o pó ao material do surfcasting...


A dormida nestas jornadas curtas é também dentro do carro e desta vez como éramos dois e com muito material, não foi nada fácil descansar. O Alarme para as 5h de maneira a fazer o caminho para o pesqueiro e descer a falésia ainda sem luz... A noite era tão boa que nem custou levantar.

Já a água, era muito suja, esverdeada e muito escura. Então vá de lançar amostras até nascer o sol. Ainda no escuro tinha a esperança de cair ali algum peixe perdido mas os maganos andavam fugidos. Depois de uma hora seguida de lançamentos em todas as direcções e testadas montes de maneiras de recuperação da linha, fiz uma pausa e fui comer uma bucha.


Voltando a carga, fiz mais um montão de lançamentos por aqueles rebolos fora. Já se via o sol a bater na agua a minha frente quando já começava a adivinhar um terminar de jornada chibateiro para os meus lados, quando recebo um primeiro toque suave na amostra que não ferrou, mas o magano não desistiu e no segundo ataque ficou ferrado. Rapidamente meti em seco um peixe já bonzinho que não conseguiu dar muita luta derivado do facto de usar uma cana muito potente quando pesco no meio de tantas pedras... 



Este peixe ainda deu a motivação a mais 40 minutos de lançamentos, proporcionando ainda o avistar de um outro robalo a cruzar a crista de uma onda que rebentava a minha frente, que imagem espectacular!! Mas esse fez-se à vida e não quis nada com as minhas amostras naquela manha.

Terminada a jornada, fizemo-nos a estrada com sentimento de dever cumprido nesta pequena jornada de pesca em várias modalidades.

Um abraço a todos
Saúde da boa


quarta-feira, 4 de abril de 2018

Xoks p'assar e para feijoar

Comé pessoal, 

Fez-se aí uma abertazinha de pouco vento que eu tanto esperava para me dedicar exclusivamente aos nossos amigos que costumam entrar nas nossas aguas nesta época do ano. Assim sendo, aproveitei uma folguinha no trabalho para ir de barco sentir o sabor daquela paz e sossego que se sente na ria formosa, durante o ainda inverno, enquanto animava uns palhacinhos com o intuito de enganar algum xok...
Como o inicio deu-se com a maré ainda em sentido contrario do vento, e como detesto pescar assim na ria, a coisa não estava a correr nada bem.

Entretanto com o virar da maré, a pescas começam a pescar como gosto e começaram a saltar xoks p'assar para dentro do chalavar. Houve até ali uma altura que eram de seguida e por isso consegui almoçar e juntar alguns para mais tarde.


No dia seguinte, a modalidade era outra! Procurar um cantinho para treinar umas apneias a caça submarina e ao mesmo tempo, procurar algum xok maior que andasse perdido nestas aguas que ainda se apresentam muitíssimo frias.
Saí de casa com a bagagem toda a aviada para passar a noite lá no outro cantinho Oeste que eu tanto adoro... O Programa era mergulhar durante o dia, ver como ficaram alguns pesqueiros com a passagem das ultimas tempestades que nos tem dado um bom defeso natural. Jantar pela zona e descansar o esqueleto para fazer uma investida ao spining antes do sol raiar.

Assim sendo, chegamos mais cedo que o esperado e fiz-me logo ao mar enquanto o vento ainda era pouco. Andei entretido com uns mergulhos até juntar uns bons xoks para usar numas feijoadas brevemente, e depois de treinar as apneias, e como ainda era cedo, fui com a Maria matar a fome num petisco de moreia frita com duas cervejolas frescas. 



Seguimos então a ver esses pesqueiros todos e fomos parar mais a norte para a janta e posterior descanso, afim de preparar a jornada que virá a ser contada no próximo relato...

Um abraço e brigado por lerem!


quarta-feira, 24 de janeiro de 2018

Agua fria

Ola amigos e leitores deste pequeno espaço!

Fazendo quase dois meses que não dava um mergulho à caça submarina, e não estando fisicamente na forma mais desejada. Com a quebra destes ventos fortes que se tem feito sentir, tinha de pelo menos ir fazer agua para não perder os hábitos de mergulho e sentir o ambiente marinho de baixo de agua.

Desta feita, as saudades dos cantinhos a norte eram tantas que ainda lá fui espreitar 3x possíveis pesqueiros, mas lá está, com o mar assim tinha mesmo de estar na melhor forma física para aguentar a sua exigência. Não facilitei e fui para sul, a um local já meu conhecido onde quase sempre consigo trazer qualquer coisita para petiscar.

Entrei na piscina daquela agua que se faz sentir bem fria nesta altura do ano e comecei calmamente a bater terreno em busca de algum peixe ali perdido. Depois de encontrar um sargote de meio kilo escondido lá numa fenda bem apertada, decidi que ia só fazer dois agachons "ali a frente" e voltava para terra.



Numa dessas esperas ainda consegui sacar uma já bonita saima kileira que me entrou pelas costas mesmo a horas de levar um tiro. Assim sendo estava feito um casalinho engraçado em um dia que a partida seria só para treinar água.



Não tarda muito já se aproxima aí o defeso do sargo, que pelas minhas contas ainda vai atrasar mais a primeira pesca à cana do ano!

Saúde da boa a todos!