domingo, 3 de junho de 2018

Surfcastin, O regresso...

Olá pessoal,

Depois de praticamente dois anos sem fazer uma pesca ao surfcasting, e como mar este ano só me deu condições para fazer as outras pescas duas vezes, tive de voltar a carga. Assim sendo, já há algumas semanas que me dediquei novamente a esta modalidade, e depois de carregar o curral de chibos daqueles com cornos bem grandes, veio a bonança!

A aproveitar o facto que estar de férias, tentei fazer como manda a lei e fui para lá de dia para procurar o melhor poiso para pousar as canas. Depois de muito correr, tive de escolher ente agua lusa, um bom fundão e até o melhor trilho para o carro passar... Como o local da agua lusa tinha pedra no fundo e eu não estava com muita vontade de perder montagens e hipotecar a pesca a meio, tive de optar pelo melhor fundão.



Escolhida a praia, foi só deixar escurecer enquanto montava as canas e assim que o sol se começou a esconder, as iscas voaram lá para dentro. Passado um belo par de horas, as iscas vinham sempre intactas e/ou o estralho enrolado... A jornada não se previa fácil e com o avançar da maré, começava também a ficar sem espaço no pesqueiro mas as condições também melhoravam.

A certa altura depois de comer uma bucha, dava atenção a uma das canas quando a outra dá duas cacetadas fortes e continua às cabeçadas como se fosse saltar do suporte. Corri para ela e mal peguei na magana, só pensava que aquele peso e força enorme não poderia ser um robalo, só poderia ser uma dourada e das grandes. O que é estranho porque esta pesca nem era totalmente direccionada a essa espécie.
Nunca tinha sentido uma luta tão grande com um peixe ao surfacasting, normalmente o porte da cana e carreto, mais a chumbada pesada fazem frente a maioria dos exemplares que tenho capturado, mas este lutava pela vida com uma força enorme e corria de um lado para o outro sem querer dar tréguas.
Com muita calma e já a pensar que com tanta luta, ou seria uma dourada gigante ou um outro predador mais estranho que por vezes varre a costa vicentina.
Lá consegui colocar o bicho em seco, que para meu espanto seria uma bela anchova com quase 4kg que lutou com todas as suas forças para que não fosse o meu troféu de uma noite tão sozinha e sem rumor de peixe.


A sensação era de enorme recompensa pelo que tenho sofrido ultimamente e deixou-me com uma alegria interior de como se tivessem encaminhado muitos dos meus últimos azares... Ainda insisti mais um bom bocado até ao final da enchente mais tudo continuava tal como inicio, iscas intocáveis...

Seguindo com todo o orgulho o exemplo do amigo pedro do blog Lobo du mar este tinha sido com muito orgulho e suor o meu ultimo chibo...

Desta feita o objectivo seria fazer o caminho para casa o mais rápido possível durante a madrugada enquanto se aproveita o facto de não haver transito na 125..

Saúde da boa a todos.